terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O DIA NA HISTÓRIA - 20 de dezembro de 1989 – EUA invadem o Panamá

EUA invadem o Panamá
Na maior operação num país latino-americano desde a invasão da República Dominicana em 1965, os Estados Unidos invadiram o Panamá com o objetivo explícito de derrubar o regime do general Manoel Noeriega, capturá-lo e deportá-lo aos EUA para julgamento por tráfico de drogas; Realizada por 23 mil homens, somados os 13 mil soldados americanos permanentemente estacionados nas bases do Canal aos dez mil enviados especialmente para a missão, a operação, que contou com tanques blindados, helicópteros e foi batizada de Operação Justa Causa, começou à 1h da madrugada e foi anunciada pelo presidente George Bush às 7h20 da manhã, pela televisão. O secretário de Estado James Baker informou que os EUA souberam que o general Noriega planejava atacar bases americanas na Zona do Canal, depois de declarar um estado de guerra contra os EUA, o que proporcionou uma justificativa legal para a intervenção militar americana – o tratado do Canal assinado em 1977 dava aos EUA poderes para “defender o canal em tempo de guerra ou quando o presidente dos EUA considerasse que a guerra era iminente”.

“Tomei essa decisão depois de chegar à conclusão de que todas as outras vias tinham sido fechadas”, disse Bush, referindo-se aos longos meses de confronto com Noriega. Em seu anúncio, Bush afirmou ainda que “os principais objetivos militares haviam sido alcançados”, e que Noriega havia sido substituído no poder por Gulhermo Endara, vencedor das eleições realizadas em maio e posteriormente anuladas. Nada disso estava confirmado, porém, ao cair da noite. Os combates continuaram, ainda que menos intensos ao longo do dia, e havia notícias de 14 soldados americanos e 100 panamenhos mortos, além de uma mulher civil. Noriega desapareceu, e fo atribuído a ele o comando da resistência aos invasores. Entre outras ações, grupos fiéis a Noriega invadiram o principal hotel da Cidade do Panamá, o Marriot, e tomaram 41 estrangeiros como reféns, inclusive vários americanos.

Pela primeira vez em 75 anos de existência o Canal do Panamá foi fechado, como prevenção contra manobras de sabotagem. Houve saques e atos de vandalismo, num ambiente em que a maior preocupação, para os americanos, eram os Batalhões da Dignidade – grupos paramilitares que, criados por Noriega para defender o regime, demonstravam uma capacidade de ação aparentemente maior do que calculava o governo de Washington.
Fonte: http://jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=17965

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