quarta-feira, 7 de março de 2012

Aconteceu em um dia 07 de Março...

7 de março de 1808 - A chega da da Família Real Portuguesa

     A vinda da corte portuguesa para o Brasil foi um acontecimento histórico da máxima importância para o desenvolvimento do país, particularmente para o Rio de Janeiro. De simples cidadezinha colonial, o Rio passaria a sede da monarquia lusitana. Dom João desembarcou em Salvador em 22 de janeiro de 1808 e de lá já abriu os portos do Brasil aos países amigos, permitindo que os navios estrangeiros comercializassem livremente nos portos brasileiros.
     O desembarque da família real no Rio de Janeiro, no dia 7 de março, causou grande alvoroço na população, e eram muitos os que queriam ver a comitiva de perto. Os nobres seguiram em cortejo pelas ruas atapetadas de folhagem.
     O Paço Imperial tornou-se residência oficial da família real. Sem palácios que os abrigassem, os milhares de nobres ocuparam as melhores casas da cidade, e nesse sentido eram colocados nas portas das casas editais com as iniciais PR (príncipe regente), que o povo traduzia como "ponha-se na rua".
     Para sanear os pântanos e incrementar a construção de residências, o governo cederia terrenos nos mangues, logo além do Campo de Santana, a quantos se comprometessem a aterrá-los e nos mesmos levantar edificações à própria custa, nascendo assim a Cidade Nova.
     Um rico negociante português, Antonio Elias Lopes, doaria sua chácara de São Cristóvão a D. João, que logo a preferiu como moradia ao Paço Imperial.
     Durante os treze anos de sua estadia no Brasil, dom João criou diversas instituições culturais e educacionais, como a Biblioteca Nacional, o Jardim Botânico, o Real Gabinete Português de Leitura, o Teatro São João (atual Teatro João Caetano), a Imprensa Nacional e o Museu Nacional, dentre outros.

Dom João retorna a Lisboa

     A 26 de abril de 1821, Dom João retornava a Lisboa e deixando como regente o Príncipe dom Pedro, aclamado Imperador Constitucional do Brasil a 12 de outubro de 1822. No dia 7 de setembro, nas margens do Rio Ipiranga, depois de receber uma mensagem com ordem para regressar a Portugal, Dom Pedro declara a Independência do Brasil. Porém a independência do Brasil não ocorreu em todas as províncias, que ainda dominadas por portugueses lutaram até 1823.
     D. Pedro abdica em 1831 passando o país a ser governado por uma regência até a coroação de D. Pedro II.

Fonte: Jornal do Brasil

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

29 de fevereiro: Um ano de vez em quando

Jornal do Brasil: Terça-feira, 29 de fevereiro de 1972 - página 5 do Caderno B"Bissexto.
Vale a pena reparar
na singularidade cíclica
de fevereiro.
Toda vez
que o cardinal do ano
é divisível por 4,
o mês de fevereiro
se enriquece de um dia,
fica cismando, até,
que pode chegar a 30,
quem sabe se, caprichando, vai até 31, mas qual: o gás é fraco, e fevereiro só repete a façanha daí a quatro anos, tempo que, antigamente, dava para renovar as caras na presidência das repúblicas
". Drummond de Andrade
Na sua origem, o ano bissexto é bastante explícito: um ajuste entre o calendário convencional e o tempo de translação da Terra em volta do Sol, o que faz com que o nascer no dia 29 de fevereiro aconteça de quatro em quatro anos. Mas esta peculiaridade fica também a mercê de suposições, superstições e crendices. Muitas histórias lhe são atribuídas, sem que se saiba ao certo de onde (e como) se originaram.

A edição do Jornal do Brasil de 29 de fevereiro de 1972, 18º ano bissexto do século XX, resgatou a história de uma curiosa tradição: o Dia da Maria Cebola, popularizado pelas histórias do Ferdinando, personagem dos quadrinhos do norte-americano Al Capp. Neste dia é permitido a toda mulher conquistar o homem amado. Qualquer ataque é consentido: da conquista mais sutil à perseguição mais despudorada. A referência histórica que se tem sobre este costume remete ao ano de 1288. Uma lei promulgada na Escócia estabelecia e ordenava que durante o ano bissexto, moças e senhoras de alta ou baixa situação financeira teriam a liberdade de escolher o homem do seu agrado para casar-se. Se este se recusasse a tomá-la como legítima esposa seria multado de acordo com as suas posses. Anos depois, uma lei semelhante seria formalizada na França, e no século XV, o costume seria legalizado em Gênova e Florença.
FONTE: Jornal do Brasil

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

PLANO DE AULA: Sociedade e cultura na Mesoamérica: a Civilização Maia

Olá professores e seguidores do blog! Segue um plano de aula da revista escola e da Veja na sala de Aula sobre os povos pré colombianos, tema do 7º ano do Ensino Fundamental, especificamente da civilização maia, que chama a atenção de todos para os mitos do "fim do mundo".

Diante das profecias sobre o fim do mundo em 2012, que tal trabalhar a origem, os costumes e os principais legados da civilização Maia com os alunos?
Objetivos- Apresentar as principais características da civilização Maia, a sua importância e principais realizações.
- Refletir sobre a importância dessa civilização e seu legado cultural, enfatizando como o calendário e as profecias maias ainda permeiam o imaginário da sociedade contemporânea.
 
Conteúdos- História da América.
- Civilização Maia.

Tempo estimadoTrês aulas

Material necessário- Mapa da América pré-colombiana, disponível em http://abr.io/1mpcou em http://abr.io/1mpm
- Imagem do deus maia Yum Kaax, disponível em http://abr.io/1mqA
- Imagens das pirâmides maias, disponíveis na reportagem de Veja.com ou em http://abr.io/1mqG
- Imagem do sistema de numeração maia em http://abr.io/1mqY
- Calendário maia, disponível em http://abr.io/1mqc
- Cenas do filme “Apocalypto”, disponíveis em http://abr.io/1mqe
- Cópias da reportagem “Queda da civilização maia foi causada por causada por leve seca”, publicada em Veja.com, para todos os alunos (disponível em http://abr.io/1mq3).
- Charge do calendário maia, em http://abr.io/1mqo
- Computador com acesso à internet ou aparelho de televisão com DVD para exibir as cenas do filme.

Desenvolvimento
1ª aula
Explique que nesta e nas próximas aulas vocês irão discutir a civilização Maia, sua importância e principais realizações. Pergunte aos alunos o que eles sabem sobre este povo e, com base nas respostas, informe que muito antes da chegada dos colonizadores europeus no continente Americano, no final do século 15, o território já era habitado por diferentes povos indígenas, cuja diversidade cultural – língua, costumes e tradições – refletiram no modo de organização econômica, social e política. Explique que os Maias habitavam a península de Yucatán, na América Central.
Mostre o mapa da América pré-colombiana e indique a localização da civilização. Depois, explique à turma que as origens dessa civilização remontam ao ano 300 e que o seu apogeu deu-se entre os séculos 6 e 8.
Reflita que, diferentemente dos Incas e dos Astecas, os Maias não constituíram um império unificado, uma vez que os centros cerimoniais nunca se uniram sob um governo único – eles se organizavam em cidades-estado independentes. Quando os povos das cidades-estado entravam em guerra, a cidade derrotada era controlada pela cidade vitoriosa.
Prossiga em sua aula expositiva e conte que a base econômica da civilização Maia era a agricultura, sendo o milho o principal componente da dieta alimentar. Trabalhe a imagem da estatueta que representa o deus Yum Kaax (o deus do milho, da natureza e da agricultura) e mostre para os alunos como a religiosidade permeava toda a vida dos ameríndios da península do Yucatán, no México. Mostre, também, imagens das pirâmides maias (você pode distribuir as cópias da reportagem de Veja aos alunos neste momento) e dos templos para a realização de rituais religiosos. Seus alunos já viram estas pirâmides antes?
Com base nas respostas, discuta a composição da sociedade maia e explique que era formada por três camadas: a elite, composta por sacerdotes, governantes e chefes militares; a camada intermediária dos escribas, pintores e escultores; e a camada inferior, formada por camponeses e artesãos. Destaque que na construção tanto das pirâmides maias, como nos palácios e observatórios astronômicos eram utilizadas mão de obra camponesa e artesã. Relativize também o papel da mulher nessa sociedade, uma vez que os laços matrimoniais ajudavam a selar alianças entre diferentes povos maias.

2ª aulaRetome os conteúdos trabalhados na aula anterior sobre os principais feitos dos Maias (construções, templos e esculturas), destacando a escrita, o sistema de numeração e o calendário. Uma das principais fontes escritas deixadas pelos Maias foram os códices – espécies de livros produzidos com material orgânico, fibra vegetal, como folhas e cascas de árvores e outros materiais. A escrita maia também foi chamada de hieróglifo, pela aparente semelhança com a escrita egípcia, com seus desenhos e símbolos. Porém, ressalte que ambas não possuem nenhuma relação entre si.
Explique que além dos códices, foram encontrados escritos maias em placas de pedras, paredes de construções e em cerâmicas. Apesar dos “hieróglifos” maias ainda não terem sido totalmente decifrados, foi possível entender parte de sua história, seu sistema de numeração, originado através da contagem dos dedos dos pés e das mãos; seu conhecimento astrológico, que permitiu o desenvolvimento de um complexo calendário, a partir do qual foram feitas inúmeras profecias.
Em seguida, mostre aos alunos a imagem do calendário maia e discuta com eles como, naquela época, esse povo foi capaz de calcular os dias e os anos com uma exatidão muito próxima aos dias de hoje. Discorra sobre os calendários utilizados pelos sacerdotes maias, o religioso com 260 dias, e o civil, com 365 dias. Destaque que uma nova era iniciava-se a cada 52 anos, quando os dois calendários coincidiam. E em comemoração a essa nova era, novos templos eram construídos sobre os antigos.
Conte que para a civilização Maia o tempo era cíclico. Reflita com os alunos como essa percepção cíclica do tempo tem relação com o temor constante de que o mundo fosse acabar e, portanto, como a função do sacerdote era importante para calcular os eventos futuros.
Para finalizar, selecione cenas do filme “Apocalypto” e aprofunde a discussão sobre a questão dos sacrifícios realizados aos deuses – necessários para a sobrevivência dos mesmos e da própria população –, sobre as profecias maias e sobre a influência dos calendários e da religiosidade na vida cotidiana desse povo.

3ª aulaPeça aos alunos que peguem suas cópias da reportagem de Veja.com e proponha uma leitura coletiva do texto. Com base na reportagem, discuta como eventos de origem natural contribuíram para a queda da civilização Maia. Uma sugestão de encaminhamento da discussão é relacionar as informações apresentadas aos problemas ambientais que afligem a humanidade atualmente (aquecimento global, intempéries climáticas etc.), questionando o porquê de profecias do fim do mundo, como a Maia, ainda possuírem tanta força no imaginário atual.
Retome as diferentes perspectivas de tempo entre a nossa civilização e a Maia, uma linear, a outra cíclica, e demonstre como as duas percepções estabelecem visões diferentes sobre o fim do mundo. Depois, apresente aos alunos a charge do calendário Maia, disponível em http://abr.io/1mqo.
Em seguida, organize grupos de no máximo quatro pessoas e peça que discutam entre si como a nossa interpretação atual sobre as profecias podem estar mais relacionadas aos nossos medos contemporâneos, do que aos medos da civilização Maia.
Finalize solicitando a cada grupo que redija um texto argumentativo, enumerando as principais características da civilização estudada, destacando a influência da cultura maia na atualidade.

Avaliação

Durante as aulas, sobretudo nos momentos de discussão e reflexão propostos, atente para a participação dos alunos e verifique se os conteúdos foram apreendidos. O debate em grupo e os textos entregues ao fim da terceira aula devem mostrar se todos compreenderam as principais características da civilização Maia, a sua importância, principais realizações e como o seu legado cultural ainda permeia o imaginário da sociedade atual.

Consultoria Vanessa Silva de Faria
Mestre em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora e professora de História na Escola Estadual João Augusto da Silva Barreto, em Santa Bárbara do Monte Verde - MG.

FONTE: REVISTA NOVA ESCOLA

LINKS INTERESSANTES!!!!!!

Olá historiadores e simpatizantes!!!
Segue alguns links interessantes mandados pelo Profº Rodrigo.
Valeu, Rodrigo, continue mandando vídeos e artigos interessantes...
E vocês colegas, mandem para postarmos no BLOG.

Palestra do historiador Peter Burke:  http://www.cpflcultura.com.br/site/2011/08/22/quem-cuida-de-quem-%E2%80%93-peter-burke/


Palestra com a historiadora Mary Del Priore:  http://www.cpflcultura.com.br/site/2012/01/24/o-casamento-entre-o-amor-e-o-sexo-o-cuidado-e-feminino-%E2%80%93-mary-del-priore/

Entrevista com o escritor Tariq Ali: http://globotv.globo.com/globo-news/milenio/t/programas/v/conheca-os-ideais-politicos-do-escritor-tariq-ali/1720690/